Introdução
Imagine um mundo onde cada passo pode ser o último, onde a linha entre o certo e o errado se desfaz diante da necessidade de sobreviver. Essa é a realidade apresentada em The Last of Us e sua sequência, The Last of Us Part II, jogos que não apenas redefiniram o gênero de ação-aventura, mas também tocaram profundamente o coração de milhões de jogadores ao redor do mundo.
Desde seu lançamento, esses títulos da Naughty Dog se destacaram por suas narrativas envolventes, personagens complexos e uma ambientação pós-apocalíptica que desafia as convenções morais. Neste artigo, você vai mergulhar a fundo na história dos dois jogos, analisar suas nuances e entender o que torna The Last of Us uma verdadeira obra-prima dos videogames.
The Last of Us (2013): A origem de uma lenda

The Last of Us foi lançado em 2013 para PlayStation 3 e rapidamente conquistou o mundo. O jogo se passa em um futuro pós-apocalíptico, vinte anos após um surto do fungo Cordyceps transformar a maioria da população em criaturas violentas e irracionais.
História e contexto
No centro da narrativa está Joel, um contrabandista marcado pela dor de ter perdido sua filha no início do surto. Ele recebe a missão de escoltar Ellie, uma adolescente que pode ser a chave para a cura da infecção, através de um Estados Unidos devastado.
A relação entre Joel e Ellie é o coração do jogo. Inicialmente relutante, Joel passa a ver Ellie como uma filha, enquanto ela encontra nele um pai. Juntos, enfrentam não apenas criaturas aterrorizantes, mas também outros sobreviventes, grupos militares, caçadores e os “Vaga-lumes”, uma facção rebelde.
Clímax e desfecho
No fim, Joel faz uma escolha moralmente cinzenta: ele mata os cientistas dos Vaga-lumes para impedir que Ellie seja sacrificada numa tentativa de criar a cura. Em vez de salvar a humanidade, ele escolhe salvar Ellie. Essa decisão abre uma discussão complexa sobre amor, egoísmo e sobrevivência.
Recepção crítica
Com nota 95 no Metacritic, o jogo foi aclamado pela narrativa madura, trilha sonora marcante composta por Gustavo Santaolalla e pela interpretação poderosa de seus personagens. A imersão emocional foi um dos pontos mais exaltados pela crítica.
The Last of Us Part II (2020): Vingança, perda e redenção
Sete anos depois, em 2020, a Naughty Dog lançou The Last of Us Part II, agora focando em Ellie como protagonista. O jogo começa com uma tragédia: Joel é brutalmente assassinado por Abby, filha de um dos médicos mortos por Joel no final do primeiro jogo.
Enredo e dualidade de perspectivas
Consumida pela dor, Ellie parte em uma jornada de vingança por Seattle, em confronto com Abby e o grupo WLF (Washington Liberation Front). O jogo surpreende ao colocar o jogador no controle de Abby por metade da campanha, mostrando o outro lado da história e forçando o jogador a empatizar com a pessoa que matou Joel.
Essa escolha narrativa foi corajosa e polêmica, mas essencial para o tema principal do jogo: o ciclo da violência. Ellie e Abby, ambas com motivações justificáveis e condenáveis, seguem caminhos de destruição em nome de perdas pessoais.
Desfecho e mensagem

No clímax, Ellie tem a chance de matar Abby, mas desiste, lembrando-se de Joel tocando violão. Ela entende que continuar com a vingança a tornaria irreconhecível. O jogo termina com Ellie sozinha, ferida, com sequelas emocionais e físicas, mas talvez finalmente livre do ciclo da dor.
Críticas e prêmios
Com nota 93 no Metacritic, The Last of Us Part II ganhou mais de 300 prêmios, incluindo Jogo do Ano. Apesar das críticas divididas do público, a obra foi amplamente reconhecida por sua ousadia narrativa, acessibilidade, atuações marcantes e qualidade técnica.
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Narrativa com profundidade cinematográfica
Poucos jogos conseguiram atingir o nível de profundidade emocional que The Last of Us alcançou. Seus roteiros se comparam a filmes e séries premiadas, com temas adultos, complexos e tratados com maturidade.
Personagens humanos e relacionáveis
Joel, Ellie e Abby são mais que personagens: são pessoas com falhas, medos, traumas e redenção. Isso cria uma conexão verdadeira com o jogador.
Design e ambientação imersivos
Cada cenário, objeto e trilha sonora é pensado para contar uma história. Nada é gratuito. Os detalhes enriquecem a experiência e aumentam a imersão.
Coragem criativa
A Naughty Dog não teve medo de tomar decisões impopulares, apostando em uma narrativa que desafia o jogador a refletir sobre moralidade, empatia e as consequências das ações.
Impacto cultural e social
A franquia não apenas vendeu milhões, mas gerou debates em redes sociais, artigos acadêmicos, adaptações para TV e deixou uma marca profunda na cultura pop contemporânea.
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